Moção Metodista

Caros Conselheiros, Conselheiras e demais membros da Compós

A Diretoria da Compós manifesta seu repudio o que está acontecendo com o Programa de Pós-Graduação da Universidade Metodista em São Bernardo do Campo e se solidariza com os docentes demitidos, entre eles Cícilia Peruzzo, membro do Comitê Assessor do CNPQ, Daniel Galindo, Elizabeth Gonçalves, José Salvador Faro, Magali Cunha, Marli dos Santos, Sebastião Squirra e Wilson Bueno, por se recusarem a aceitar a diminuição da jornada de trabalho imposta pela direção da instituição. A interrupção abrupta e irracional das pesquisas em andamento mostra um completo desprezo ao trabalho acadêmico e ao exercício da docência em nosso país. É um quadro que envolve uma aguda mercantilização das instituições de ensino superior privadas, a redução substan cial dos recursos aplicados em Ciência e Tecnologia e ameaças de privatização do ensino superior público no Brasil. Causa-nos indignação o inaceitável aniquilamento do PPGCOM da Metodista. Trata-se de um programa com quase quarenta anos de história, cerca de 600 dissertações e 150 teses defendidas, responsável pela formação e inserção de incontáveis quadros docentes em instituições pertencentes ao Sistema Nacional de Pós-Graduação. O que acontece com a Metodista parece apontar para o ambiente de incerteza e prenuncia o enfrentamento que teremos com o modelo neoliberal de universidade esboçado em documento do Banco Mundial. Por todo o exposto, é importante ficarmos atentos e solidários com o drama vivido por nossos pares.

Att

Marco Roxo, Isaltina Gomes e Gisela Castro